Bolsa Família supera empregos formais em 12 estados brasileiros
O Bolsa Família supera empregos formais em 12 estados brasileiros (noticias.uol.com.br), uma realidade que chama a atenção para as profundas desigualdades sociais e regionais do país. Neste artigo, vamos analisar o que isso significa, por que está acontecendo e como essa situação afeta não apenas quem depende do programa, mas também o mercado de trabalho formal em cada canto do Brasil.
Nota: Em vermelho estados que o número de beneficiários do bolsa família supera o número de pessoas trabalhando formalmente, em azul, estados que o número de empregos formais é superior ao de beneficiários do programa social.
A dimensão do fenômeno em números
Dados do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), com base em informações de 28 de maio de 2025, revelam que:
- Todos os 12 estados com mais beneficiários do Bolsa Família do que empregos formais estão no Norte e Nordeste.
- No Maranhão, por exemplo, a situação é a mais crítica, no estado há cerca de 1,2 milhão de famílias recebendo o benefício, contra 669 mil empregos formais — quase duas famílias por trabalhador com carteira.
- No outro extremo, em Santa Catarina, há cerca de 11 trabalhadores formais para cada beneficiário — sinal de menor dependência do programa assistencialista governamental e maior saúde econômica e distribuição de riquezas.
A trajetória do programa nos últimos anos
Observe essa trajetória:
- Antes da pandemia (2019): apenas 8 estados tinham mais beneficiários que empregos formais.
- Em 2022, esse número subiu para 13, reflexo da expansão acelerada do programa Auxílio Brasil pouco antes das eleições (poder360.com.br).
- Agora, em 2025, voltou para 12 estados — com o Rio Grande do Norte sendo o único estado do Nordeste a retomar o equilíbrio e apresentar mais empregos formais que beneficiários (saocarlosnotoque.com).
Fatores que explicam o cenário
- Pandemia e auxílios emergenciais
De 2020 a 2022, o país viveu uma fase de expansão massiva do programa: o número de beneficiários saltou de 13,2 milhões para 21,6 milhões . - Reforço eleitoral pré-2022
O governo Bolsonaro aumentou os beneficiários em cerca de 49% nos três meses que antecederam as eleições, alcançando 21,6 milhões. - Retomada do emprego formal
Desde janeiro de 2023 (início do governo Lula), foram criadas cerca de 4 milhões de vagas com carteira. - Revisão de cadastros
Entre 2023 e 2025, aproximadamente 1,1 milhão de beneficiários deixaram o programa após filtros do governo.
Como resultado, a proporção de beneficiários em relação ao emprego formal caiu de 49,6% para 42–44%.
O que isso revela sobre o Brasil
–Desigualdade regional
O fato de todos os 12 estados serem do Norte e Nordeste reforça o peso da falta de infraestrutura, educação, saúde e políticas públicas (principalmente de incentivo econômico e fiscais para geração de emprego) nessas regiões — fatores que influenciam diretamente o mercado de trabalho.
–Mercado formal enfraquecido
Mesmo com ganhos recentes, o trabalho formal sucumbe à informalidade e à ausência de garantias trabalhistas — especialmente em regiões mais pobres.
–Impacto das políticas sociais
Enquanto o Bolsa Família é vital para aliviar a pobreza — e inegavelmente tem funcionado como tal, a expansão fugaz antes das eleições ressalta seu uso político e a necessidade de ajuste, isso vale tanto para governos de direita quanto de esquerda, o programa vem sendo utilizado como reduto para angariar votos em épocas de eleições.
Possíveis caminhos para reagir
- Investimento em qualificação profissional
Especialmente focado no Norte e Nordeste, criando oferta real de profissionais capacitados. - Incentivo ao empreendedorismo local
Microcrédito, incubadoras e políticas públicas podem gerar empregos formais e sustentabilidade econômica. - Revisão e aperfeiçoamento do programa
Garantir que o benefício chegue verdadeiramente a quem precisa, evitando fraudes e efeitos de dependência . - Fortalecimento da infraestrutura
Educação, saúde e transporte precisam avançar para que as regiões menos favorecidas tenham chance real de competir.
Conclusão
Caro leitor, esse cenário revela um grave problema social: o Brasil ainda enfrenta graves desigualdades, e o governo não está prometendo melhorar isso:
- A reativação do emprego formal mostra progresso, porém de maneira muito lenta em comparação aos países em desenvolvimento.
- A revisão do programa social revela preocupação com sustentabilidade fiscal.
- O desafio agora é transformar essa base em uma economia com oportunidades reais, especialmente nas regiões mais vulneráveis.
Assim, por fim, convido cada um de vocês, caros(as) leitores(as), a refletir como podemos transformar essa realidade, como cidadãos — sejam assalariados, autônomos ou empresários — podemos contribuir para uma sociedade mais justa, favorável e menos desigual. Precisamos nos conscientizar, especialmente nos anos eleitorais, e escolher representantes que realmente tenham propostas que melhorem nosso cenário econômico e social.
Devemos parar de cair nas mesmas promessas populistas que surgem a cada quatro anos, pois isso não resolve os problemas reais, além disso, devemos pressionar nossos deputados, senadores e o poder executivo. É necessário acordar e exigir explicações sobre por que tanto dinheiro arrecadado com impostos não é investido corretamente nos serviços básicos da população, isso é ainda mais urgente em regiões onde essas necessidades são mais gritantes!
Muito obrigado novamente por ler este artigo feito pelo blog Johnatan Pelo Mundo. Se você tem alguma sugestão de conteúdo, deixe um comentário abaixo, compartilhe essa mensagem nas redes sociais e ajude a espalhar essa reflexão. Juntos, podemos nos tornar uma sociedade mais consciente sobre nossos tributos, afinal, esses recursos devem ser usados para o bem comum, não para nos tornar reféns de políticos e burocratas.
É triste, enquanto muita gente está trabalhando e pagando tanto imposto e sofrendo com a inflação, tem gente recebendo sem nem sequer trabalhar, é o famoso ditado premia-se o sucesso com impostos e fracasso com auxílios.
Infelizmente o Brail está a passos largos para um colapso econômico.
A solução do Brasil é separar o nordeste do resto do país, quem quer PT fique com o PT, quem não decida sem a intervenção do nordeste nas eleições, o triste é que o título de eleitor do nordeste tem o mesmo peso em uma eleição quando o do resto do país, lamentável mesmo.
Acho que separatismo no Brasil é tão difícil quanto se reduzir impostos, me parece impossível, mas um cenário de separatismo seria um livramento para os Estados do sul e sudeste.